Entendendo a
agressividade
Vai encarar?
A
agressão faz parte do ser humano, trata-se de um comportamento de defesa frente
ao medo, é um reação a alguma situação frustrante, inesperada, e um sentido
para encontrar o “outro” que o acolha e contenha, muitas vezes um pedido de
socorro por limites.
A
agressividade na concepção psicanalítica (winnicottiana), não é o mesmo que
violência, o gesto
agressivo é que transforma-se em
violência.
Como as crianças ainda estão em fase
de aprendizagem para compreender a realidade e a consequência de suas ações,
muitas vezes não conseguem compreender a dimensão que seu gesto agressivo
causa, como as birras e gritos, cabendo aos adultos a orientá-los verbalmente a compreender as consequências
inicialmente e depois através de exemplos e acolhimento para que torne-se cada vez menos frequente o
comportamento agressivo.
A agressão,
transgressão e violência fazem parte da saúde, é inevitável, mas cabe à
sociedade colocar limites e principalmente que estes iniciem-se dentro dos lares.
Os
adultos não devem agir de forma
antiética e agressiva com os filhos, pois eles serão reflexos de seu comportamento,
se apanham, batem. Existem formas de educar a criança sem o uso de punição
física.
Claro
que algumas situações fogem ao controle da família, no caso por exemplo de
crianças que desenvolveram transtornos psiquiátricos , terão provavelmente dificuldades
de lidar com a agressividade, necessitarão de acompanhamento especializado, mas
mesmo assim, atitudes corretas dos pais com as crianças podem melhorar e muito
a condição emocional nestes casos.
Podemos concluir esta reflexão com
algumas dicas precisosas para prevenir que a agressividade tenha dimensões que
não sejam saudáveis para a crianças são elas:
- Pais devem ter
uma orientação clara e firme, em todas as situações
que a criança comporte-se de forma agressiva, mostrando causa e
efeito do seu ato.
- Treinar a
criança a ter empatia
(capacidade de se colocar no lugar do outro), exemplo, se bateu no
irmãozinho, mostrar que “dói” , ensinar que “não faça para o outro o que não
gostaria que fizesse para você”.
- Acolher,
conversar e mostrar a atitude correta.
- Pais devem ser
exemplos de tolerância no trânsito, com os familiares, etc especialmente na
presença das crianças.
- Não utilizar-se
se punições físicas e verbais que só agravam e aumentam o repertório de
agressividade, medo e mágoa da criança.
“O que se faz agora com as
crianças é o que elas farão depois com a sociedade." Karl Mannheim