terça-feira, 21 de maio de 2013


Entendendo a agressividade


Vai encarar?
 
A agressão faz parte do ser humano, trata-se de um comportamento de defesa frente ao medo, é um reação a alguma situação frustrante, inesperada, e um sentido para encontrar o “outro” que o acolha e contenha, muitas vezes um pedido de socorro por limites.

A agressividade na concepção psicanalítica (winnicottiana), não é o mesmo que violência, o gesto agressivo é que transforma-se em violência.

            Como as crianças ainda estão em fase de aprendizagem para compreender a realidade e a consequência de suas ações, muitas vezes não conseguem compreender a dimensão que seu gesto agressivo causa, como as birras e gritos, cabendo aos adultos a orientá-los verbalmente a compreender as consequências inicialmente e depois através de exemplos e acolhimento para que torne-se cada vez menos frequente o comportamento agressivo.

A agressão, transgressão e violência fazem parte da saúde, é inevitável, mas cabe à sociedade colocar limites e principalmente que estes iniciem-se dentro dos lares.

Os adultos não devem agir  de forma antiética e agressiva com os filhos, pois eles serão reflexos de seu comportamento, se apanham, batem. Existem formas de educar a criança sem o uso de punição física.

Claro que algumas situações fogem ao controle da família, no caso por exemplo de crianças que desenvolveram transtornos psiquiátricos , terão provavelmente dificuldades de lidar com a agressividade, necessitarão de acompanhamento especializado, mas mesmo assim, atitudes corretas dos pais com as crianças podem melhorar e muito a condição emocional nestes casos.

            Podemos concluir esta reflexão com algumas dicas precisosas para prevenir que a agressividade tenha dimensões que não sejam saudáveis para a crianças são elas:

- Pais devem ter uma orientação clara e firme, em todas as situações que a criança comporte-se de forma agressiva, mostrando causa e efeito do seu ato.

- Treinar a criança  a ter empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro), exemplo, se bateu no irmãozinho, mostrar que “dói” , ensinar que “não faça para o outro o que não gostaria que fizesse para você”.

- Acolher, conversar e mostrar a atitude correta.

- Pais devem ser exemplos de tolerância no trânsito, com os familiares, etc especialmente na presença das crianças.

- Não utilizar-se se punições físicas e verbais que só agravam e aumentam o repertório de agressividade, medo e mágoa da criança.

O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade." Karl Mannheim