quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Brincar e a Saúde Mental



Para a psicanálise, o brincar é ampla fonte de estudo e um dos principais recursos de acesso e expressão do ser da criança.  Para estudiosos da psicanálise infantil como Winnicott e Klein, considera-se o brincar a forma mais adequada para que a criança consiga expressar seus anseios, desejos e sentimentos.
Nas experiências que tive com crianças, um dos aspectos mais relevantes foi que a maioria delas demonstrou um nível superior de recuperação frente às dificuldades ou patologias quando havia a presença do brincar terapêutico. Pude observar também que a brincadeira e a família constituem parte fundamental da estruturação do “eu” da criança. O não brincar na criança pode ser um sintoma de sofrimento emocional.
De acordo com Winnicott (1975), o brincar é a fase recorrente e essencial de uma relação criativa com o mundo. A brincadeira é universal e saudável o que facilita o crescimento, a saúde e os relacionamentos grupais; o brincar pode ser também uma forma de comunicação na psicoterapia.
Segundo Mussen et al (1995), a criança desenvolve-se através do brincar pois os brinquedos ajudam-na a pôr em prática os comportamentos aprendidos.  Para que a criança consiga ter um desenvolvimento sadio, ela utiliza-se da imitação para obter prazer, podendo atingir seus objetivos através desta ferramenta que promove as interações sociais.
                Sendo assim, a brincadeira é vital para o desenvolvimento da criança, e é a via principal de acesso às emoções infantis.


Fonte: Camilo, Joyce Trevisan (2004). Representação da Família: A brincadeira de crianças privadas e não privadas do convívio familiar.

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